25 de jun. de 2013

Projeto de donas de casa leva alegria a crianças carentes de Cachoeira Paulista




Adriana Fontes                 
Tendo em vista a solidariedade, foi criado em Cachoeira Paulista o projeto Clareana, voltado inteiramente para as crianças carentes da cidade. Completando dez anos, o projeto é resultado do trabalho das donas de casa Maria Auxiliadora sobrenome e Maria Helena Ribeiro Cruz. Em 2012, foram atendidas 151 crianças.
Clareana tem o intuito de afastar crianças carentes das ruas, e para isso conta com a ajuda de 12 voluntários que realizam oficinas de dança, teatro e artesanato. No começo do ano é feita uma ficha de inscrição, e as crianças são cadastradas. A partir daí é desenvolvido o projeto, que - devido à carência de verba - trabalha apenas as datas comemorativas, como dia das mães, dia da criança e natal.
As responsáveis falam com orgulho sobre suas conquistas e como tentam contribuir para a melhoria de vida dessas crianças carentes. As duas senhoras garantem lembrar-se de todas as crianças que fizeram parte do projeto, e caso se esqueçam, Maria Auxiliadora guarda em uma pasta recordações de todos que passaram por lá. “Temos diversas fotos de confraternizações, além de desenhos feitos pelas crianças”, afirma Maria Auxiliadora.

O começo 
Foto: Adriana Fontes

O projeto surgiu da iniciativa da dona de casa Maria Auxiliadora Ribeiro, apelidada de “Yayá” pelos amigos e familiares. “A Maria me ligou um dia, falando dessa ideia do projeto e me convidou para participar. Eu aceitei e entrei na parceria dela, e até hoje nós estamos com o projeto”, conta Maria Helena Ribeiro Cruz, cofundadora do projeto.
O motivo da criação do projeto tem sua raiz na fé. As duas Marias são devotas de Nossa Senhora Aparecida, e afirmam encontrar na religião a vontade de praticar a solidariedade. “Para mim é a única razão de viver. Porque passar pela vida sem ajudar o próximo não tem sentido”, afirma Maria Auxiliadora.
Apesar da ajuda dos voluntários, o começo foi difícil. Maria Helena conta que, como não havia mais ninguém para ajudar, ela e a amiga chegaram a cuidar das crianças no quintal da própria casa. “Foi difícil encontrar pessoas que queriam ou tinham disponibilidade de horário para fazer aquilo que a gente não sabe, porque nós não temos muita instrução escolar. E muita coisa depende disso”, explica Maria Auxiliadora.