Estudo americano afirma que 4,3 milhões de brasileiros sofrem com este problema
Por Elisabeth Carvalho de Almeida
A internet trouxe muitos avanços e facilidades, mas também problemas psicológicos, como o Transtorno do Vício de Internet, que pode de ser tão viciante quanto álcool e drogas, além de poder destruir relacionamentos pessoais e profissionais, afirma pesquisa.
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| Fonte: portaldailha.com.br |
O distúrbio já é reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos e considerado por médicos e especialistas uma dependência tão crônica quanto a de substâncias como álcool e heroína, droga semi- sintética que causa tolerância de forma imediata.
A organização localizada em Redmond, do Estado americano de Washington, que promove programas de tratamento e terapia, estima que entre 6 e 10% dos cerca de 189 milhões de usuários de internet dos Estados Unidos são dependentes de tecnologia. Os compulsivos usam a tecnologia para estarem no mundo virtual e "fugir da realidade". Neste caso, as pessoas que possuem tal vício, são chamadas de: "heroinware" - conjunção entre "heroína” e "software".
Os sintomas são semelhantes aos de outros vícios: o indivíduo muda a sua rotina, negligencia as relações familiares e sociais e perde prazos no trabalho, porque sua vida passa a ser controlada pelo computador e afins. Quando o quadro se torna crítico e patológico, é preciso recorrer à ajuda psicoterapeuta.
A psiquiatra dra. Valéria Fox Drummond explica que essas pessoas tornam-se dependentes para suprir algo que talvez esteja faltando em sua vida. “Existem muitas pessoas viciadas em internet, mas as que se tornam completamente dependentes a ponto de terem alterações graves comportamentais, dependendo do caso, se o indivíduo é portador de uma fraqueza mental e vai necessitar de um tratamento psicoterápico e talvez até uso de medicamentos”, afirma.
Nomofobia
Outro transtorno relacionado ao vício em celular é conhecido como Nomofobia, uma nova expressão que define a sensação de angústia e incomodo que ocorre quando a pessoa se sente impossibilitado de se comunicar por estar em algum lugar sem seu celular ou acesso em internet. O nome do é originado do inglês “no-mo” ou “no-mobile”, que significa sem telefone móvel ou que permite mobilidade.
Uma pesquisa realizada pela revista "Time" em diversos países, mostrou que dos cinco mil participantes, 79% disseram que se sentem mal sem o telefone. No Brasil os estudos apontam que 58% afirmaram que usam o celular a cada 30 minutos e 35% a cada dez minutos.
