16 de mai. de 2016

Celular em sala de aula: proibir ou educar?

Com o advento das novas tecnologias e a facilidade de acesso a elas, o celular se tornou um objeto do cotidiano. Dificilmente encontraremos hoje uma casa que não tenha a presença de pelo menos um desses “bichinhos”.

Por Luiz Fernando Miguel


BBC Brasil (divulgação)
Calculadora, televisão, rádio, câmera fotográfica, GPS, games e muito mais. Os celulares, por incrível que pareça hoje fazem até ligações. E não é para menos, os grandes “aparelhinhos” foram se tornando cada vez mais híbridos. A palavra bonita e ao mesmo tempo estranha quer dizer que os celulares são capazes de muita coisa, ou seja, fazem “de tudo e mais um pouco”, como nos afirma a expressão popular.

Estados como Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, São Paulo e outros proíbem – por meio de lei sancionada e tudo o mais – a utilização dos celulares nas salas de aula. Mas, em tempos de tecnologia, avanço, empreendedorismo e criatividade online proibir é a melhor medida? Será que o celular não poderia ser mais um aliado ao processo de ensino-aprendizagem?

Há quem goste da ideia de proibir os aparelhos, mas também existem aqueles que preferem a educação para o bom uso e aproveitamento dos mesmos como ferramentas educativas e pedagógicas. Para o professor Marcelo Santos é importante que os estudantes sejam orientados no uso dos dispositivos, pois se não forem bem utilizados também podem se tornar uma distração no ambiente estudantil. Santos relata ainda que nunca teve problemas com a utilização do celular pelo alunos na sala e acredita que é sim possível o aproveitamento dos aparelhos para fins pedagógicos.

A coordenação pedagógica e a gestão dos colégios são afetadas diretamente por essas novas situações em sala, uma vez que muitos problemas surgem e a questão essencial deve ser o gerenciamento de tais ocasiões. Essa é a opinião de Adriana Máximo, que trabalha como coordenadora pedagógica e também é professora. Para ela a questão também é desafiadora e ao mesmo tempo muito simples, pois cabe ao professor o papel de mostrar aos estudantes os momentos certos para utilização das mídias.

Para a estudante do 2º Ano do Ensino Médio Isabela Santos proibir não é a melhor solução, uma vez que se torna difícil para o professor “controlar” o processo na sala de aula. A aluna afirmou que acredita ser possível uma educação ou ainda, como ela mesma definiu uma “reeducação” para o uso correto e nos momentos certos.

Proibidos ou não é inegável a presença constante e em muitos casos incômoda dos dispositivos no cotidiano escolar. A boa utilização e educação para a correta utilização poderia ser não só a solução, mas sim uma grande aliada ao processo educativo de nossas escolas, afetado em nossos tempos por não atender – na grande maioria dos casos – às expectativas de estudantes que nasceram em meio a tecnologias avançadas e novas formas de comunicação e interação.