No final de abril de 2015, um grupo de Guaratinguetá participou da Marcha Animal, uma manifestação nacional, que aconteceu em mais de 60 cidades brasileiras simultaneamente.
Por: Julie Anne Marques
O resultado do evento foi a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto que criminaliza condutas contra a vida, saúde ou a integridade de cães e gatos.
A ação em Guaratinguetá foi organizada por Roberta Peres, fundadora do Patinhas Encantadas, … “Infelizmente em nossa cidade, as pessoas andam cometendo atos terríveis de crueldade, como abandono, agressão, atropelamentos sem socorro, sem falar daqueles que jogam os animais amarrados em sacos de lixo”, destaca Roberta.
Em 29 de abril, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de Lei 2833/11, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP). A matéria, aprovada na forma de uma emenda substitutiva do deputado Lincoln Portela (PR-MG), ainda será votada pelo Senado.
Patinhas Encantadas
Roberta em movimento para arrecadação de ração para cães de rua. Foto: Julie Anne Marques |
O projeto atende animais de rua, providenciando castrações, resgates, atendimentos veterinários, sendo todo o custo pago por meio de doações. “Contamos com o apoio de pessoas que se simpatizam com a causa e nos apoiam, vendendo rifas, pizza, organizando brechós, leilões e até cãorreatas, dentre outros movimentos”, conta.
Hoje, muitas pessoas a procuram, denunciando situações em que animais sofrem maus tratos ou estão em situação de risco e necessitam de resgate urgente.
Desde a sua criação, em 31 de agosto de 2013, já foram realizados mais de 30 castrações e atendimentos a animais em situação de risco. Atualmente, o projeto mantem por volta de dez animais internados em clínica veterinária para tratamento, após serem resgatados a beira da morte.
O Patinhas Encantadas realiza ainda ações educacionais, como palestras em escolas, eventos como caminhadas e carreatas, visamos educar a população sobre a importância da castração dos animais domésticos (cães e gatos), bem como o impacto causado pelo abandono desses animais nas ruas.
“A imensa população canina e felina que hoje transita por nossa cidade, corre risco de acidentes, agressões e procriação, aumentando ainda mais esse problema. Além disso, representam um risco para a saúde pública, pois esses animais não têm nenhum cuidado veterinário, não são vacinados, nem vermifugados”, destaca Roberta.
O projeto tem como maior dificuldade não ter um local para abrigar os animais encontrados. “É necessário um terreno para que possamos transformar o Patinhas Encantadas em uma ONG ou UPA na cidade, onde os animais poderão se abrigar até serem adotados”.
Atualmente, os animais resgatados ficam em veterinários pagos ou em lares temporários, oferecidos por voluntários.