13 de jun. de 2016

A cidade de Guaratinguetá comemora seus 386 anos

Nesta segunda – feira dia treze de junho, a cidade de Guaratinguetá, está comemorando os 386 anos de sua fundação. A cidade é conhecida por ter como parte de sua história o Beato Frei Galvão.

Por Natalia Antunes

As atividades tiveram início nesta manhã às 8hs, com uma celebração eucarística, que ocorreu na catedral de santo Antônio, no centro da cidade, e logo após teve distribuição de pães em homenagem ao santo. As 10hs uma missa foi presidida pelo Arcebispo Dom Raymundo Damasceno Assis,no mesmo local.

Logo mais à tarde às 15hs, no recinto de exposições, aconteceu uma distribuição de bolos pelo aniversário da cidade, com dez metros de comprimento e em seguida houve a premiação dos ganhadores do o concurso cultural, “Aniversário da Cidade”, finalizando à tarde, com um pequeno show para as crianças.

As 17hs deram início à procissão de Sano Antônio, encerrando a programação litúrgica da festa do santo. Logo mais a noite Terá no recinto de exposições um show gratuito da dupla Carreiro e Capataz, encerrando as atrações de aniversário da cidade, mas a festa de santo Antônio terminará no próximo dia 19 desse mês, no recinto de exposições, com comes e bebes e parque de diversões.

Momento histórico

Índios, bandeirantes, africanos, santo, engenheiros, príncipes, imperadores, presidente, escravos, fazendeiros, professores, cronistas, jornalistas, escritores, peregrinos. São personalidades que construíram a história de Guaratinguetá, e que fazem parte de seu memorial. Suas relíquias são encontradas em exposição nos museus da cidade, museu frei Galvão, casa de Frei Galvão, museu conselheiro Rodrigues Alves, que se tornaram fontes de pesquisas de futuros historiadores. Mas a tradição dessas personalidades se mantém até hoje na cidade para sua recordação.

Os antepassados também deixaram suas relíquias que ajudou a cidade crescer e se manter economicamente; com o surgimento de indústrias pioneiras como: açúcar e água ardente, produtos dos engenhos; velas de cera e sebo tijolos, cerveja, chapéu, serralheria de lenha e madeira, sabão; duas fábricas a vapor, de macarrão, de banha, fósforos, olarias de tijolos, telhas e manilhas; macarrão Moema; a teci & Cia, hoje é a companhia fiação e tecidos Guaratinguetá; sapatos York, e entre outras indústrias, algumas não existem mais, e seus prédios se mantém com a mesma arquitetura ,mas restaurados e com novas indústrias em funcionamento.

Quem por essas terras passou, deixou também seus descendentes que cultuam suas tradições e religiões; um exemplo de tradição africana, é o grupo Quilombolas do bairro do Tamandaré,nesta cidade; é uma equipe de jongo que tem lutado sempre para terem um reconhecimento como quilombo para melhor manter os costumes ,a cultura.

Outros exemplos são a construção dos templos, alguns já não existem mais como a igreja católica Nossa Senhora do Rosário fundada em 1920 e conhecida como a igreja dos negros,pois estes a participavam sempre;mas entre outras ainda se mantém :a igreja de Nossa Senhora das graças, era conhecida com a igreja do convento em 1936,pinturas murais de Ernesto Quissak completam o interior da igreja .O templo de Santa Rita,esta igreja foi construída pela ajuda da devota Ignez Theodora da Silva,junto com as esmolas do povo e a mão de obra dos escravos.Capela de São Bento,erguida por Antônio Timotheo de Azevedo, que agradecido por cura da mordida de uma cobra jararaca construiu esse memorial.

Igreja de São Benedito, antiga capela de são Gonçalo padroeiro dos tropeiros e caminhantes, a imagem de são Gonçalo que se encontra na igreja, é uma cópia da verdadeira que é de madeira e se encontra no museu de Nossa Senhora Aparecida.Além de outros templos também se destaca o centro espírita Amor e Lúz, cardecista fundado em 1920, e a Tenda de Umbanda São Jorge, uma das primeiras tendas de culto afro-brasileiro fundada na cidade. As pessoas que aqui se instalaram, aqui cresceram e adaptaram a cidade para melhor seu convívio,as famílias são conhecidas por outras por seus ancestrais, numa espécie de teia a junção das famílias, vão formando a história da cidade.