A diferença entre estagiar ou não
Cecília Bueno
O mercado de trabalho hoje exige não apenas 4 ou 5 anos de formação, é preciso também uma dedicação maior por parte do estudante. Pois ao ultrapassar os portões da faculdade, o recém-formado irá se deparar com diversos níveis de profissionais e muita competitividade. Ao concluir a faculdade muitos jovens sem muita experiência ou que não obtiveram uma chance de estágio durante o período na instituição se sentem perdidos e não muito confiantes.
O universitário muitas vezes se forma e não sente segurança alguma para enfrentar uma entrevista de emprego ou mesmo o seu primeiro dia de trabalho como um profissional de nível superior. O que pode mudar muito quando se teve a experiência de um estágio durante o período da faculdade.
O estágio oferece ao estudante uma oportunidade de aprender trabalhando, o estagiário tem livre acesso para perguntar sobre as funções a serem exercidas, aprimorando suas habilidades, o que dá a ele bagagem para que não saia da faculdade sem ter tido contato algum com o meio em que procura se empregar, o que acaba gerando mais confiança em si.
Mas há também aqueles que se formam e mesmo sem o estágio conseguem ingressar no mercado facilmente. Como a Cirurgiã Dentista, formada no ano de 2012. “Na faculdade tínhamos muitas aulas em laboratórios, trabalhávamos com voluntários, o que nos ajuda a obter experiência”, expõe Fabiana Novaes, 22 anos.
Já o recém-formado em Jornalismo Magnum Sullivam diz que está encontrando certa dificuldade para conseguir um emprego na sua área. “Está muito difícil, não é nada fácil viu principalmente na nossa região, eles preferem os estagiários”.
A verdade é que entre contratar um estagiário e treiná-lo e contratar um profissional formado sem experiência, a empresa na maioria das vezes opta pelos estagiários que geram um custo menor para a empresa. Como afirma Lucas Santos Costa advogado e proprietário de uma filial do Grupo ACQ Cursos Preparatórios.
O publicitário Pedro Henrique Monteiro Whately Martins que estagiou, acabou de se formar e trabalha como responsável por toda a comunicação e setor de marketing de um colégio e de uma igreja dos salesianos na cidade de Cruzeiro. Pedro ainda ressalta que a graduação não é o fim e que mesmo com o diploma em mãos não se pode parar de estudar. “Atualmente faço pós-graduação e procuro estar sempre atualizado”.
Design formado no ano de 2012, Raphael Lopes encontrou dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, demorou cerca de cinco meses para conseguir o emprego que desejava. Já seu amigo Fábio Enrico Lemos da Silva design que fez estágio durante a faculdade, conseguiu ser efetivado na mesma empresa, mas em cargo diferente. “O mercado de trabalho existe e é amplo, a experiência de um estágio pode mudar muito”, relata Fábio.
O que as empresas esperam de um candidato a uma vaga de emprego é que seja um profissional completo, saiba exercer perfeitamente a função que lhe foi passada e que possa ainda oferecer algo a mais para melhoria da empresa, que tenha iniciativa e não seja um profissional limitado. “O jovem recém formado chega a uma entrevista muitas vezes, despreparado ou limitado. Não está disposto a enfrentar o que não conhece”, afirma Lucas Santos.
