A coleta seletiva faz bem para o meio ambiente e ajuda no fim do sedentarismo
Por Natália Marcondes
A
atividade da coleta seletiva do lixo nas ruas vem sendo considerado um
ótimo aliado contra o sedentarismo. De acordo com a Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, são coletadas no Brasil,
diariamente, 125, 281 mil toneladas de lixo domiciliar e a estimativa é
de que 1 a cada 10 brasileiros é catador de lixo reciclável e 7 a cada
10 possuem um bom condicionamento físico, segundo informações do
Movimento Nacional dos Catadores. Mas para praticar essa ação é
necessário ter alguns cuidados. Os resíduos geralmente produzem gases
que são prejudiciais à saúde, como o gás ozoto, amoníaco e o
sulfídrico,se inalados podem causar danos na respiração e ardume nos
olhos, também existem os materiais cortantes, que ferindo a pele, podem
causar doenças como tétano, micoses e até câncer de pele. Para que esse
tipo de problema seja evitado, é exigido pelo Ministério do Trabalho o
uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual), que são: as luvas, o
protetor de rosto e as botas de cano alto e seguindo esses métodos a
atividade pode-se considerar saudável.
Adinelson
Pereira, agente de saúde de Aparecida, explica queé necessário que haja
por parte dos catadores de lixo essa conscientização para com os usos
das EPI’S. “É sempre importante que usem luvas e mascaras, para não
existir o contato com o lixo que não é reciclável, onde geralmente, se
encontra os alvos prejudiciais a saúde”, diz o agente.
Para
a professora de educação física, Amanda de Abreu, as atividades que são
exercidas durante a coleta seletiva, para quem pratica a reciclagem na
rua, seriam equivalentes a exercícios rotineiros em uma academia. “O
simples fato de sair de casa, caminhar, abaixar, erguer pesos já faz com
que a pessoa deixe o ciclo sedentário”, explica.E esse é o caso da
aposentada, Elza Orcesi, 70, moradora do bairro Santa Rita, em
Aparecida. Há cerca de 3 anos ela vem praticando nas ruas da comunidade a
coleta seletiva de lixo reciclável. Dona Elza possui diversos problemas
de saúde e notou que depois que começou a realizar a ação diariamente,
sua vida ficou muito melhor. “Eu tenho vários problemas de saúde, de
respiração, de angina, crises de bronquite. Depois que comecei a
reciclar nas ruas, eu me sinto bem melhor. Além da minha saúde, várias
pessoas daqui do meu bairro vem me agradecer pelas ruas ficarem mais
limpas, fico muito feliz com isso”, afirma.
Além
do mais, a atividade ocupa a mente, e faz com que a pessoa pratique o
raciocínio. Quando a mente não está sendo ocupada com alguma atividade, a
pessoa pode sofrer de maus como depressão e as tão famosas síndromes.
“A pessoa que faz a coleta seletiva tem a ideia de que ajuda o meio
ambiente e isso para o inconsciente é muito bom, pois, assim, ela se
sentirá importante para a sociedade e o melhor, quebra os preconceitos
de que essa atividade é apenas para pessoas desempregadas ou sem
condições”, argumenta à psicóloga.
