22 de mar. de 2016

Inclusão de deficientes no mercado de trabalho

“A igualdade de direitos e acessibilidade em todos os setores da sociedade é prevista em lei”. 

O Brasil conta com 24 milhões de pessoas com deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, apenas 2% do total de trabalhadores formais ativos no país são pessoas com deficiência. De acordo com a lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, organizações com 100 ou mais empregados devem preencher de dois a cinco por cento de seus postos com profissionais portadores de deficiência. 

Por: Pedro Henrique Peixoto

A inclusão oferece a oportunidade de reabilitação
social e psicológica a essas pessoas.
O mercado de trabalho exige cada vez mais de todo profissional, independentemente da formação, origem ou área de atuação. A APAE de Guaratinguetá, ciente dessas exigências, criou o Projeto Parceiros pela Capacitação, visando à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Atualmente o projeto conta com 14 alunos empregados em diversas funções, como empacotador de supermercado, auxiliar geral em indústrias e Santas Casas.

“O objetivo do projeto é promover a qualificação e colaborar para o processo de inclusão profissional de pessoas com Deficiência Intelectual em diversas ocupações e segmentos”, comentou a psicóloga da APAE, Luciana Marques. “A empresa interessada em participar investe na preparação profissional e na abertura de vagas para essas pessoas, custeando bolsas de capacitação para cada atendido a ser treinado”, completa a psicóloga.

Ao investir no projeto, a empresa recebe um apoio de monitoramento de profissionais da APAE. “Nós acompanhamos todo processo de adaptação da pessoa e da empresa, com suporte de palestras e assessoria, trabalhamos também essa integração do aluno com os demais funcionários, visando o bem estar de todos colaboradores”, comenta Luciana.

O acesso ao mercado de trabalho representa para a pessoa com deficiência uma forma de incluir-se na sociedade, abrindo-lhe espaços de participação social e de exercício pleno da cidadania. “Um grande avanço foi a criação da lei de cotas nº 8213/1991, que estabeleceu obrigatoriedade as empresas com 100 ou mais funcionários a preencherem uma parcela de seus cargos com Pessoas com Deficiência”, afirma a diretora da APAE de Guaratinguetá, Fátima Azevedo.

Além do emprego, a inclusão no mercado de trabalho
contribui para trazer a dignidade a essas pessoas. 
A APAE de Guaratinguetá também conta com outro projeto voltado a inclusão de deficientes no mercado de trabalho, que assessora e oferece suporte às empresas de todos os segmentos, órgãos públicos e instituições do terceiro setor durante o processo de contratação de pessoas com Deficiência Intelectual. “Atuamos desde a identificação de possíveis postos de trabalhos, seleção de profissionais e acompanhamento durante um ano após a contratação. Oferecemos ainda palestras de sensibilização para os colaboradores destas empresas, de forma a participarem ativamente do processo de inclusão dos novos colegas de trabalho”, ressalta a diretora.