
Por Ariel Gomes
Segundo Lu Andrade, escritora e poetisa, “Essa é
a melhor maneira de algum escritor, poeta, ou seja, como o mesmo se defina se
iniciar neste mundo, você consegue ter um “idéia” do que é ter um livro”. Outro
escritor e também professor que segue a mesma linha de raciocínio de Lu, é
Adriano Silva. Ele acredita que além de ser um ponta pé inicial, tudo está
ligado, desde o nome da editora até seus participantes: “As antologias quando
sérias e desenvolvidas por profissionais competentes podem vir a se tornar
grandes vitrines de novos talentos e é claro, uma editora que ofereça um
suporte pra isso.”.
Adriano afirma que desde sua primeira publicação há
alguns anos os benefícios foram significativos: “Tive uma maior interação com
os diferentes setores do mercado literário e um contato mais direto com o
público leitor”. Tem participação na Poesia Contemporânea Brasileira II da Editora
Chiado que sairá na Bienal de 2017 com a poesia intitulada “ A Casa” e em
outras coletâneas e atualmente ele está participando da antologia “Um Céu e
Estrelas” que está em produção. Do outro lado, Lu só está esperando o
lançamento de Encontros Di Versos, sua mais nova participação. Ela conta que já
esteve em mais de 16 antologias e a cada nova publicação é uma sensação mágica,
parafraseando-a “é um florescer em qualquer estação” e continua a afirmar que
os privilégios são os melhores, portas são abertas, convites são feitos,
menções em sites e blogs – o que a ajudou muito, pois sua página no Facebook
conta mais de 70 mil curtidas.
Sobre ter um original – termo usado dentro do
ramo -, é um sonho de qualquer amante da escrita. Ver seu texto na boca do
povo, ver as capas com seu nome, ser reconhecido pelo trabalho, todos esses
pequenos detalhes fazem com que o escritor se inspire cada vez mais, e nisso os
dois concordam.
Como a premissa se fez verdadeira, Adriano Silva
explica sobre seus projetos futuros, frutos é claro, de suas pequenas
publicações. “Para este ano, dois livros serão lançados “Lugar Comum: crônicas,
contos e versos avulsos” que sairá pela Editora Hope com data de lançamento
prevista para maio e “Felizes para Sempre”, um romance juvenil, para o segundo
semestre.” O professor ainda afirma que os novatos na área devem dar uma chance
também para as plataformas digitais, como por exemplo o “Wattpad”, local onde
foi publicado originalmente “Lugar Comum” antes de ser descoberto pela editora.
Para o futuro, Lu Andrade pensa sim em um livro
solo, porém neste momento está se sentindo realizada por todos os trabalhos
feitos. “Eu escrevo pequenos textos e sei que lançar um livro envolve muitas
coisas, contratos, direitos autorais e tudo mais. Eu gosto de estar presente em
todas as etapas de produção, e às vezes a editora não permite esse contato, e
esse é o meu receio”, afirma.
Para quem deseja ter seus contos, histórias, poemas ou textos
publicados, basta procurar em editoras e verificar se abriram editais para
antologias