Por: Thomas Furtado
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| Interface principal do aplicativo. Foto: Internet |
Com o desenvolvimento tecnológico e a facilidade do acesso à informação, cada vez mais pessoas se tornam dependentes da tecnologia. Essa dependência se torna ainda mais evidente quando o assunto aborda especificamente os aplicativos, principalmente aqueles voltados às redes sociais. Um em especial se popularizou entre os jovens de todo país, o Tinder, um aplicativo desenvolvido pra facilitar relacionamentos.
Os números impressionam. Os usuários acessam o serviço onze vezes por dia e fazem mais de 1,4 bilhões de avaliações de parceiros por dia. Os brasileiros invadiram a plataforma: aqui, ela cresce com o triplo da velocidade do mercado americano, onde nasceu.
Lançado há cerca de quatro anos, o Tinder experimentou uma aceleração recente. Desde a criação, seus usuários já fizeram mais de 13 bilhões de avaliações de potenciais parceiros. Três bilhões, contudo, foram feitas só em agosto.
Timidez excessiva e falta de tempo para relacionamentos estão entre as principais justificavas utilizadas pelos adeptos do Tinder, mas as divergências de opinião começam quando a eficiência do aplicativo é questionada. Para Bruno
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| Quando ambos se gostam, há o "Match". Foto: Internet |
Espinoza, adepto do Tinder, o aplicativo não funciona da forma que deveria. “A maioria das pessoas acha que é só pra conhecer gente de perto, mas não, a maioria procura gente para se relacionar sexualmente”. Já para Tatiane Alvarenga, o aplicativo ajuda bastante, principalmente as pessoas tímidas. “Eu acho que cada um leva o aplicativo da maneira que deve, algumas poucas pessoas procuram amizade, mas a maioria procura encontrar um parceiro”.
Com tantas opiniões divergentes quanto à facilidade que o aplicativo oferece aos relacionamentos interpessoais, a psicóloga Márcia Rubez desmente a principal funcionalidade do Tinder. “Acredito que eles não facilitam as relações interpessoais porque esses aplicativos são construídos a base do imaginário, mais especificamente através de imagens e não estão vinculados a emoções. O relacionamento é muito mais do que a atração física pelo belo, ele envolve também a questão do sentimento”.
A psicóloga ressalta também que a falta de experiência emocional causada por aplicativos como o Tinder pode influenciar a formação intelectual e sentimental dos jovens. “Os jovens hoje em dia são muito ligados à questão da tecnologia, e eles estão perdendo a experiência do contato humano, muitas vezes eles acabam se escondendo através de uma tela do computador e perdendo essa relação humana do contato, da amizade, do próprio relacionamento em si, então acredito que a utilização em demasia desses aplicativos não favoreça a questão do emocional”.

