Adriana Fontes
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Foto: Juliana Rocha |
Antes utilizado apenas como um programa de troca de estudantes de um país a outro, o intercâmbio cresceu muito nos últimos anos, e apresenta os mais variados cursos e destinos para os interessados em uma vivência no exterior. Mas com tantas opções, fica difícil escolher qual a mais adequada.
Quem tem como objetivo aprender uma língua, ou melhorar sua qualificação profissional, deve procurar os cursos que deem um certificado de conclusão. Para os interessados em viajar e aproveitar uma experiência cultural existe também as opções do mochilão e viagens turísticas.
Visando o lado profissional, o intercâmbio também pode ajudar na realização dos testes de proficiência da língua. Testes como TOEFL (teste de inglês como língua estrangeira) e Cambridge são usados para adquirir o certificado de proficiência em inglês, requisito obrigatório para acesso a universidades de países estrangeiros, empresas e, até mesmo, por alguns consulados.
Mas não são só países de língua inglesa que atraem os intercambistas. Outros como Irlanda, França e Alemanha despertam cada vez mais o interesse de quem quer fazer um curso no exterior, principalmente por terem um custo menor e possibilitarem o contato com outras línguas, além do inglês.
Juliana Rocha, estudante de arquitetura, realizou um intercâmbio para a Alemanha em 2008, e afirma que durante sua estadia, a maior dificuldade foi a barreira da língua.
“No dia a dia era difícil ler as coisas que tinham escritas nas ruas, nas lojas, e era difícil falar com as pessoas. Eu ligava pra minha prima e perguntava, por exemplo, como falava pra pedir um sorvete. E quando alguém falava comigo também eu só dizia ‘não sei falar alemão’”, conta.
Para quem quer trabalhar no exterior, existem todo tipo de programa. O Au Pair é um dos programas de intercâmbio mais populares, por sua economia e ganho de experiência internacional no currículo. O programa Au Pair é destinado a pessoas entre 18 e 28 anos, que ficarão responsáveis em cuidar das crianças de uma família designada.
Estudantes universitários também podem melhorar o currículo com programas de estágio, que proporcionam treinamento profissional remunerado em sua área de formação. Além da própria experiência de estar em contato com uma cultura diferente.
“É uma realidade muito diferente da nossa, que antes eu só escutava falar, mas não sabia se era verdade mesmo... e é! Só indo pra fora mesmo pra ver como as pessoas conseguem ter um padrão de vida bem melhor que aqui, e que fazem por merecer”, afirma Juliana.
Ao falar sobre sua experiência na Alemanha, Juliana diz que sente muita saudade do país, e que não pensaria duas vezes se tivesse a oportunidade de ir de novo.
Dicas para não enfrentar problemas durante o intercâmbio
• Procurar referências sobre a agência de intercâmbio escolhida, por meio de pessoas que utilizaram os serviços da mesma agência, e também sites e redes sociais.
• Registrar os problemas encontrados durante a viagem: guardar os e-mails trocados com a agência e fotografar o que puder.
• Comunicar-se sempre é de extrema importância para treinar o idioma.
• Ao ficar em casa de família, tentar manter o convívio o mais agradável possível. Geralmente são pessoas que estão acostumadas a receber estrangeiros e podem proporcionar uma grande experiência de comunicação.
• Em países onde o frio é intenso é preciso comprar roupas adequadas, mas que não ocupem muito espaço na mala. Levar um casaco comum e deixar para comprar as roupas mais quentes no próprio país de destino é a solução mais adequada.